domingo, 17 de outubro de 2010

(Pré-)Página #4


Ordinary people seem not to realize that those
who really apply themselves in the right way to
philosophy are directly and of their own accord
preparing themselves for dying and death. If this
is true, and they have actually been looking
forward to death all their lives, it would of course
be absurd to be troubled when the thing comes
for which they have so long been preparing and
looking forward.
—SOCRATES, PHAEDO

Assim começa o livro, desculpem, a carta de suicídio de Mitchell Heisman. Os seus dados biográficos são irrelevantes, mas a sua morte tem um significado.

As 1905 páginas que o psicólogo deixou online falam-nos sobre a natureza humana e a religião, sobre ciência e história. Cita nomes como Strauss, Weber, Tocqueville, Schroeder, Wagner, Schopenhauer, Sagan e mais "esses", "enes" e "éles" que definem o pensamento contemporâneo.

O que me interessou nesta notícia foi a premeditação do suicídio, não de uma semana ou de um mês, mas muito provavelmente de anos de pesquisa. O que me impressionou foi o facto de Mitchell estar feliz com a terminação da sua obra e da sua morte ser um incentivo à leitura desta.

Poderíamos perguntar-nos que razões teria ele para se suicidar ou porque se daria ao trabalho de escrever algo tão extenso e fundamentado e se seria esse o objectivo da sua vida. Penso que não seremos plenamente elucidados em nenhuma destas questões ao longo da carta, visto que a resposta se encontra logo nas suas primeiras linhas.Esta será certamente uma leitura que não irei perder.

Se também estão curiosos visitem o site que o autor disponibilizou. Aqui.

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