sábado, 30 de outubro de 2010

my dream



Olá,

Hoje venho partilhar convosco um novo blog, o designing dreams. Isto porque tenho um sonho enorme: tirar o mestrado de Design em Londres! Mais propriamente no Goldsmiths College. Como os custos de vida e as propinas rondam as £12,000 libras por ano (cerca de €1.400/mês) decidi começar a vender os meus trabalhos (design gráfico, wallpapers, fotomanipulações, etc).

Agradecia que partilhassem este blog com os vossos amigos. Em breve colocarei os trabalhos que poderão comprar, entretanto enviem sugestões.

Obrigada!

domingo, 17 de outubro de 2010

(Pré-)Página #4


Ordinary people seem not to realize that those
who really apply themselves in the right way to
philosophy are directly and of their own accord
preparing themselves for dying and death. If this
is true, and they have actually been looking
forward to death all their lives, it would of course
be absurd to be troubled when the thing comes
for which they have so long been preparing and
looking forward.
—SOCRATES, PHAEDO

Assim começa o livro, desculpem, a carta de suicídio de Mitchell Heisman. Os seus dados biográficos são irrelevantes, mas a sua morte tem um significado.

As 1905 páginas que o psicólogo deixou online falam-nos sobre a natureza humana e a religião, sobre ciência e história. Cita nomes como Strauss, Weber, Tocqueville, Schroeder, Wagner, Schopenhauer, Sagan e mais "esses", "enes" e "éles" que definem o pensamento contemporâneo.

O que me interessou nesta notícia foi a premeditação do suicídio, não de uma semana ou de um mês, mas muito provavelmente de anos de pesquisa. O que me impressionou foi o facto de Mitchell estar feliz com a terminação da sua obra e da sua morte ser um incentivo à leitura desta.

Poderíamos perguntar-nos que razões teria ele para se suicidar ou porque se daria ao trabalho de escrever algo tão extenso e fundamentado e se seria esse o objectivo da sua vida. Penso que não seremos plenamente elucidados em nenhuma destas questões ao longo da carta, visto que a resposta se encontra logo nas suas primeiras linhas.Esta será certamente uma leitura que não irei perder.

Se também estão curiosos visitem o site que o autor disponibilizou. Aqui.

Byting #1

Mais uma rubricazinha para mostrar aquilo que me inspira ou com o que mais me identifico. Hoje quero falar-vos um pouco da minha infância (+ adolescência). Com traquinices e dramatismo q.b.

A maior parte da minha existência foi passada entre quatro paredes (muito introvertida, muito caseira...), pelo que o meu tempo era passado entre músicas e livros que ainda hoje me apaixonam. Nesse espaço muito próprio também criava os meus textos, as minhas teorias e opiniões. A maior das minhas vontades é deixar neste mundo algo muito meu, do qual me orgulhe.

O vídeo abaixo é de um senhor que em menino era também assim, sozinho. Nesse mundo só seu criou universos maravilhosos. Acho que todos os génios nascem assim (não que eu esteja perto de ser um).



P.S. Eu nunca gostei muito de máquinas, mas o sentimento tende a mudar depois de visualizar o vídeo acima e ainda este de Theo Jansen.

sábado, 9 de outubro de 2010

Pimenta na língua #1

O Pimenta na língua serve para colocar citações de que gosto pelos livros que vou lendo:

Ser-se mortal é a mais elementar das experiências humanas e apesar disso o homem nunca foi capaz de a aceitar, de a compreender, de agir em conformidade. O homem não sabe ser mortal. E quando está morto, não sabe sequer estar morto.
Milan Kundera em A Imortalidade

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

0,8

como quem diz 08/10. Parabéns! <3

domingo, 3 de outubro de 2010

Lord Of The Dance

Já tenho os bilhetes!

sábado, 2 de outubro de 2010

Bom Ouvido #5

TBR #1

E as minhas próximas leituras são...


Em breve irei também colocar as minhas reviews a O Filho de Thor, Apelo da Noite e A Ilha das Trevas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Especiarias #1

Esta rubrica serve para vos apresentar algumas das personalidades que deram um sabor especial à minha vida. Os aspectos biográficos serão reduzidos ao mínimo. A história que vos irei contar é a minha.

Como a maioria dos estudantes tive de ler A Aparição, esta foi a minha primeira obra de Vergílio Ferreira e pela qual me apaixonei. Via naquele livro um reflexo dos meus pensamentos, da minha identidade.

Seguidamente o Em Nome da Terra veio parar às minhas mãos. Até ao momento, este é um dos meus preferidos (e, na minha opinião, o melhor do autor). Vivi-o vezes sem conta. Em Nome da Terra é uma exaltação ao amor e à vida nele: duas coisas imprescindíveis para mim.

Começa assim:

Querida. Veio-me hoje uma vontade enorme de te amar. E então pensei: vou-te escrever. Mas não te quero amar no tempo em que te lembro. Quero-te amar antes, muito antes. É quando o que é grande acontece. E não me digas lá porquê. Não sei. O que é grande acontece no eterno e o amor é assim, devias saber. Ama-se como se tem uma iluminação, deves ter ouvido. Ou se bate forte com a cabeça. Pelo menos comigo foi assim. Ou como quando se dá uma conjunção de astros no infinito, deve vir nos livros.

(E podia continuar até ao fim do livro, não fossem os direitos de autor). Não é genial? Tão belo, tão verdadeiro...

Quando amo também escrevo. Ou quando me irrito. E sempre, sempre que um sentimento que me invade se diz maior do que eu.

A Estrela Polar, Escrever e, recentemente, o Apelo da Noite são outras das obras do escritor que tive oportunidade de conhecer. Porém nenhum me marcou tanto como os dois anteriores, apesar de ter gostado muito d'A Estrela Polar. A Manhã Submersa (tal como o filme) está ainda na minha wishlist.

O motivo que faz de Vergílio um dos meus autores favoritos é essa necessidade de existir, de ficar e conhecer. Inclusivamente, no seu livro Escrever ele diz-nos:

O que mais me intriga e dói na nossa morte, como vemos na dos outros, é que nada se perturba com ela na vida normal do mundo. Mesmo que sejas uma personagem histórica, tudo entra de novo na rotina como se nem tivesses existido. O que mais podem fazer-te é tomar nota do acontecimento e recomeçar. Quando morre um teu amigo ou conhecido, a vida continua natural como se quem existisse para morrer fosses só tu. Porque tudo converge para ti, em quem tudo existe, e assim te inquieta a certeza de que o universo morrerá contigo. Mas não morre. Repara no que acontece com a morte dos outros e ficas a saber que o universo se está nas tintas para que morras ou não. E isso é que é incompreensível - morrer tudo com a tua morte e tudo ficar perfeitamente na mesma. Tudo isto tem significado para o teu presente. Mas recua duzentos anos e verás que nada disto tem já significado.

E tu, tens um autor português preferido?

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