domingo, 28 de outubro de 2007

contradições

Um cubo firme.
Opaco, irregular
Metamorfose sublime!
Arrepio ao se tocar...

Objecto ignóbil
De imponente dureza
Numa luz vil
Encontrar-se-á sua fraqueza.

Derrete-se em consistência
Quando numa mão carregado:
A eterna veemência
De um liquido cristalizado.

Abaixo de um zero
Reside a sua existência
Reflectindo o mero
Colidir da importância!

Caracteriza a morte
Prende-nos nas suas garras!
Sentimento rude, forte
Faz-nos amar suas amarras...

Sorrimos na sua presença...
Pensamos encontrar a vida!
Na alegria inocente
De uma molécula escondida...

Indícios de dois elementos
Que procuramos sem cessar
Confrontando oceanos e ventos
Num mais alto patamar

Vida, que cais do céu
E te originas no mar,
Cobres-nos com teu véu
De conforto glaciar!...

Proteje e guarda!
Imobiliza e refresca...
A transparência é a farda
Do predador e da presa!...

Silencioso...e aterrador!
Catastrófico!
E fascinante...
Um bem admirador
Mas um mal agonizante...

Ser essencial
A uma vida terrena
Cresce, sendo fatal,
Como perdedor na arena...

Beleza comovente...
Em arte imortalizada!...
Num sangue dormente
De energia quebrada!

Remói-se e atira,
Envolve escondendo...
Força inibida
Num tempo pendente!...

Fica! Adormece...
Em braços de horror
Mata! esquece...
Tua alma de dor!...

Setembro 2004

3 comentários:

C. disse...

amor, sou sincera... não percebi este poema, nao consegui perceber do que falas... :x
explicas-me? :)

kiss kiss

Anónimo disse...

eheh, falo de um cubo de gelo. Ora lê outra vez e vê se não faz sentido. ;)

Beijokinhas.

hamleprimeiro disse...

Nossa, excelente poema!!!

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails