quarta-feira, 24 de outubro de 2007

cortes

Pensava serem facadas
Que a feriam e matavam
Mas eram colheres preocupadas
Que a protegiam...e amavam!

Pensava serem o mural
Que a afastavam da felicidade:
Só era o medo capital
De uma vida de leviandade!

Pensava!
Mas nunca foi...
Não gostava de o saber.
A verdade às vezes dói,
É difícil de reconhecer...

Ela, o cortante objecto
Por suas mãos se fazia sofrer,
Ela: o mural sem afecto
Onde se resignava esconder!...

Culpada, não queria acreditar...
Sofrida: assim não poderia ser!
Calada. Silêncio com voz de matar...
Ressequida! Na pele que há-de morrer!...

Agosto 2004

2 comentários:

C. disse...

gostei... além da intensidade, nós somos a verdade :)

kiss kiss

Anónimo disse...

Fico contente por teres gostado. Apesar de ser um poema um bocado...frio.

Beijinhos.

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