Porque são voltas
Em rectas esgazeantes
Essas palavras soltas
Colocadas numa estante.
Folheiam-se almas
Com pensamentos discretos
Se dizes, se acalmas
Teu sorriso de gestos...
Sinto-me livro!
Nas páginas do teu olhar
O branco, não escrito
Que preenches ao sonhar.
Porque são voltas
(E não o que parece)
Essas palavras soltas
Que sinto e tu me deste.
Porque letra nunca é letra
E o significado nunca é um só
Porque a curva pode ser recta
E o sempre pode ser: nós!...
O livro da nossa vida...
As páginas do existir...
Passado folha lida,
Presente a escrever, futuro a vir...
Maio 2006
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